Internet das Coisas:
o mundo cada vez mais
interligado
Já
ouviu falar em Internet das Coisas (ioT)? Pode parecer
ficção, mas o uso de máquinas e
objetos com sensores conectados à rede coletando dados e se
comunicando ininterruptamente, seja de onde for, é realidade
que ganha forma impulsionada por pesquisas que identificam a ioT e seus
processadores cognitivos como mercado estratégico. O
Instituto McKinsey Global classifica IoT como uma das "tecnologias mais
inovadoras para 2025”, com reflexos no setor de
automação industrial. Os principais players da
área já estão envolvidos na
promoção dessa nova internet, também
chamada de Internet Industrial. Saiba mais em artigo de Marcelo Nunes,
Diretor de Tecnologia da Vivacity
Por Marcelo
Nunes*
A
tecnologia digital continua a permear o planeta e vários
pontos de inflexão de crescimento estão se
formando no novo mundo de automação digital.
Rápidas mudanças estão ocorrendo em
todos os ambientes de medição e controle
industriais – de sistemas com fio para conectividade sem fio,
de sistemas cliente-servidor convencionais para processamento baseado
em nuvem, de PCs conectados e estações de
operação centralizada a uma abundância
de dispositivos móveis, de gerenciamento local de dados para
o advento do Big Data e de grandes sistemas centralizados para a
distribuída Internet das Coisas (Internet of Thing - IoT).
Nas palavras do guru de tecnologia Jim Pinto em seu artigo Automation
Technology Futures (http://goo.gl/K9m1vQ),
estamos caminhando para um mundo no qual a inteligência
é amplamente distribuída em todo ambiente
físico. Sensores remotos irão gerar enormes
quantidades de dados e os processadores cognitivos
classificarão as informações para
fornecer conhecimento e capacidades nunca antes imaginados.
Conceito M2M
O conceito de máquinas conectadas à internet que
coletam dados e se comunicam, muitas vezes chamado de Internet das
Coisas (Internet of Things - IoT) ou Machine-to-Machine (M2M), tem se
desenvolvido ao longos dos anos e hoje várias empresas
líderes já o identificam como mercado
estratégico com enorme potencial, embora ainda vejam a
mudança segundo seus próprios pontos de vista e
não sob ótica única e mais coerente.
Segundo Jim Pinto, a Cisco, empresa líder mundial no
segmento de redes corporativas, estima que mais de 99% dos objetos
físicos ainda não estão conectados e
defende a Internet of Everything (*literamente, a Internet de tudo e
todas as Coisas) para reunir pessoas, processos e dados e converter as
informações em ações que
criam novas capacidades e oportunidades econômicas sem
precedentes em quase todas as áreas. A IBM (multinacional de
TI que fabrica e vende hardware e software) criou há mais de
cinco anos a estratégia Smarter Planet, que se destina
à utilização de dados e
análises para a construção de um
planeta inteligente e interligado. A GE (companhia norte-americana de
serviços e tecnologia), por sua vez, classifica o movimento
como Internet Industrial, enfatizando o foco em
aplicações industriais.
Esse crescimento é visto como uma terceira onda, depois da
revolução industrial e da
revolução Internet, e acredita-se que 46% da
economia mundial (US$ 32,3 trilhões na
produção global) pode se beneficiar destes novos
desenvolvimentos, com estimativas para adição de
US$ 10 trilhões a US$ 15 tri para a economia do planeta nos
próximos 20 anos. Para apoiar as
projeções, as empresas se comprometeram com
financiamentos de pesquisa e desenvolvimento na ordem de US$ 500
milhões por ano para os próximos três
anos, selando assim o primeiro grande compromisso em uma escala que
poderá acelerar significativamente a
adoção do modelo.
Automação
Industrial
O Instituto de Pesquisa McKinsey Global classifica IoT como uma das
"tecnologias mais inovadoras para 2025”, sugerindo que
tecnologias mais antigas e até mesmo indústrias
inteiras deverão cair na obsolescência durante o
processo de crescimento.
Desde os anos 70, a tecnologia de automação
só teve desenvolvimentos significativos em torno de sistemas
de controle de processos e coleta de dados como CLPs, SCDs e SCADA. A
tecnologia de aceleração gerou rápida
obsolescência de produtos e reduções
drásticas nos ciclos de vida dos sistemas. Muito hardware
tem retornado à cadeia de fornecimento como commodities. Os
principais players da automação estão
envolvidos com a promoção da Internet Industrial
por pressentirem entre os clientes usuários finais de grande
porte um forte interesse em questões como
redução de custos e melhoria de produtividade.
Jim Pinto diz que por quase duas décadas, ele e o inventor
do CLP, Dick Morley, vêm ‘pregando’ sobre
sistemas de controle de peer-to-peer (P2P), sugerindo que novas
vantagens e benefícios significativos surgirão
através de arquiteturas distribuídas. Sistemas de
controle hierárquicos convencionais são propensos
a falhas quando a complexidade aumenta. Por outro lado, mecanismos de
respostas com sistemas autônomos e inteligentes de E / S com
lógica (baseados em regras) não tem limite de
complexidade teórica. Performances melhoradas podem ser
alcançadas em uma fração do custo de
sistemas hierárquicos deterministas. E os enormes
investimentos em Internet Industrial parecem apoiar esse ponto de
vista.
O Instituto McKinsey é ainda mais enfático e
adverte: a partir do momento em que estas tecnologias inovadoras
estiverem exercendo sua influência sobre a economia em 2025,
será tarde demais para as empresas planejarem suas respostas
e reações. Por conta disso, ninguém
pode se dar ao luxo de ser o último a embarcar nessa onda.
*
Marcelo Nunes é Diretor de Tecnologia da Vivacity
Engenharia. Graduado pela UNESP (Campus Guaratinguetá) em
Engenharia Elétrica, tem Pós
Graduação em Gestão de Projetos pela
UNIP e cursos de extensão pela University of California
Irvine. Desde 1992 atua na área de
automação industrial e gestão de
projetos de automação, com passagens em empresas
como Schneider Electric, Atos Automação, Control
Engineering (USA) e BCM Engenharia.
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