Edição Setembro 2013
TENDÊNCIAS

Internet das Coisas: o mundo cada vez mais interligado

Já ouviu falar em Internet das Coisas (ioT)? Pode parecer ficção, mas o uso de máquinas e objetos com sensores conectados à rede coletando dados e se comunicando ininterruptamente, seja de onde for, é realidade que ganha forma impulsionada por pesquisas que identificam a ioT e seus processadores cognitivos como mercado estratégico. O Instituto McKinsey Global classifica IoT como uma das "tecnologias mais inovadoras para 2025”, com reflexos no setor de automação industrial. Os principais players da área já estão envolvidos na promoção dessa nova internet, também chamada de Internet Industrial. Saiba mais em artigo de Marcelo Nunes, Diretor de Tecnologia da Vivacity 
 

Por Marcelo Nunes* 

 A tecnologia digital continua a permear o planeta e vários pontos de inflexão de crescimento estão se formando no novo mundo de automação digital. Rápidas mudanças estão ocorrendo em todos os ambientes de medição e controle industriais – de sistemas com fio para conectividade sem fio, de sistemas cliente-servidor convencionais para processamento baseado em nuvem, de PCs conectados e estações de operação centralizada a uma abundância de dispositivos móveis, de gerenciamento local de dados para o advento do Big Data e de grandes sistemas centralizados para a distribuída Internet das Coisas (Internet of Thing - IoT).

Nas palavras do guru de tecnologia Jim Pinto em seu artigo Automation Technology Futures (http://goo.gl/K9m1vQ), estamos caminhando para um mundo no qual a inteligência é amplamente distribuída em todo ambiente físico. Sensores remotos irão gerar enormes quantidades de dados e os processadores cognitivos classificarão as informações para fornecer conhecimento e capacidades nunca antes imaginados.

Conceito M2M
O conceito de máquinas conectadas à internet que coletam dados e se comunicam, muitas vezes chamado de Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) ou Machine-to-Machine (M2M), tem se desenvolvido ao longos dos anos e hoje várias empresas líderes já o identificam como mercado estratégico com enorme potencial, embora ainda vejam a mudança segundo seus próprios pontos de vista e não sob ótica única e mais coerente.

Segundo Jim Pinto, a Cisco, empresa líder mundial no segmento de redes corporativas, estima que mais de 99% dos objetos físicos ainda não estão conectados e defende a Internet of Everything (*literamente, a Internet de tudo e todas as Coisas) para reunir pessoas, processos e dados e converter as informações em ações que criam novas capacidades e oportunidades econômicas sem precedentes em quase todas as áreas. A IBM (multinacional de TI que fabrica e vende hardware e software) criou há mais de cinco anos a estratégia Smarter Planet, que se destina à utilização de dados e análises para a construção de um planeta inteligente e interligado. A GE (companhia norte-americana de serviços e tecnologia), por sua vez, classifica o movimento como Internet Industrial, enfatizando o foco em aplicações industriais. 


Esse crescimento é visto como uma terceira onda, depois da revolução industrial e da revolução Internet, e acredita-se que 46% da economia mundial (US$ 32,3 trilhões na produção global) pode se beneficiar destes novos desenvolvimentos, com estimativas para adição de US$ 10 trilhões a US$ 15 tri para a economia do planeta nos próximos 20 anos. Para apoiar as projeções, as empresas se comprometeram com financiamentos de pesquisa e desenvolvimento na ordem de US$ 500 milhões por ano para os próximos três anos, selando assim o primeiro grande compromisso em uma escala que poderá acelerar significativamente a adoção do modelo.

Automação Industrial
O Instituto de Pesquisa McKinsey Global classifica IoT como uma das "tecnologias mais inovadoras para 2025”, sugerindo que tecnologias mais antigas e até mesmo indústrias inteiras deverão cair na obsolescência durante o processo de crescimento.

Desde os anos 70, a tecnologia de automação só teve desenvolvimentos significativos em torno de sistemas de controle de processos e coleta de dados como CLPs, SCDs e SCADA. A tecnologia de aceleração gerou rápida obsolescência de produtos e reduções drásticas nos ciclos de vida dos sistemas. Muito hardware tem retornado à cadeia de fornecimento como commodities. Os principais players da automação estão envolvidos com a promoção da Internet Industrial por pressentirem entre os clientes usuários finais de grande
porte um forte interesse em questões como redução de custos e melhoria de produtividade.

Jim Pinto diz que por quase duas décadas, ele e o inventor do CLP, Dick Morley, vêm ‘pregando’ sobre sistemas de controle de peer-to-peer (P2P), sugerindo que novas vantagens e benefícios significativos surgirão através de arquiteturas distribuídas. Sistemas de controle hierárquicos convencionais são propensos a falhas quando a complexidade aumenta. Por outro lado, mecanismos de respostas com sistemas autônomos e inteligentes de E / S com lógica (baseados em regras) não tem limite de complexidade teórica. Performances melhoradas podem ser alcançadas em uma fração do custo de sistemas hierárquicos deterministas. E os enormes investimentos em Internet Industrial parecem apoiar esse ponto de vista.

O Instituto McKinsey é ainda mais enfático e adverte: a partir do momento em que estas tecnologias inovadoras estiverem exercendo sua influência sobre a economia em 2025, será tarde demais para as empresas planejarem suas respostas e reações. Por conta disso, ninguém pode se dar ao luxo de ser o último a embarcar nessa onda.

* Marcelo Nunes é Diretor de Tecnologia da Vivacity Engenharia. Graduado pela UNESP (Campus Guaratinguetá) em Engenharia Elétrica, tem Pós Graduação em Gestão de Projetos pela UNIP e cursos de extensão pela University of California Irvine. Desde 1992 atua na área de automação industrial e gestão de projetos de automação, com passagens em empresas como Schneider Electric, Atos Automação, Control Engineering (USA) e BCM Engenharia.
 

| ÍNDICE |

_________________
LEIA TAMBÉM

Infraero BA recorre à Vivacity para modernizar aeroporto de Salvador
Empresa paulista implantou Interfaces Homem Máquina (IHM) para controle das pontes de embarque e desembarque de aeronaves, com reprodução e migração de dados e manutenção de integralidade

Vivacity automatiza laboratórios da FURP
Maior fabricante público de medicamentos do Brasil adquiriu CLP e software da Schneider Electric para controle e supervisão de climatização nas áreas de análise e fabricação 

Eletronorte implanta novo sistema comunicacional em hidrelétrica do Amapá
Com a substituição de antigos CLPs de telemetria por modernos equipamentos Schneider Electric,  a Hidrelétrica Coaracy Nunes ganha controle e monitoramento remoto, em tempo real, de qualquer ponto do País 

 

AUTOMAÇÃO VIVA - Enews da Vivacity Automação Industrial
Av Eng Luís Carlos Berrini 936, 6° andar - Sao Paulo - (11) 5051-3900
vivacity@vivacity.com.br

_________________

Criado e editado para Vivacity por Allameda.Com
OPT-OUT: Para não receber "Automação Viva", responda este email com a palavra CANCELAMENTO no Assunto