Vivacity participa do programa de modernização do porta-aviões São Paulo
Empresa foi responsável pela modernização do Sistema de Proteção Elétrica da embarcação da Marinha do Brasil
Um porta-aviões, ou Navio-Aeródromo, é uma grande embarcação militar cujo principal papel é servir de base aérea móvel. Esses gigantes dos mares são capazes de carregar aeronaves de vários portes, permitindo que uma força naval projete seu poderio aéreo a grandes distâncias, sem a necessidade de depender uma base terrestre para aviões. Os Navios-Aeródromo se tornaram importantes instrumentos em uma batalha durante a Segunda Guerra Mundial, quando se intensificou o combate aéreo.
A história dos Navios-Aeródromo começa no início da década de 1910, com alguns pilotos decolando e pousando aviões em embarcações estacionadas ou em movimento. No entanto, o primeiro navio concebido especificamente como porta-aviões foi o Hosho Japonês, que entrou em serviço no mês de dezembro de 1922. Um ano depois, o HSM Hermes, da Marinha inglesa, entrou em operação.
Atualmente, apenas dez Marinhas possuem embarcações desse porte – contando de médio e grande porte e os chamados ligeiros. Os EUA encabeçam a lista com 11 Navios-Aeródromo em sua esquadra, a lista se completa com Reino Unido, Espanha, Itália, Tailândia, França, Índia, Rússia, China e o Brasil.
O primeiro porta-aviões adquirido pela Marinha do Brasil foi o britânico HMS Vengeance, rebatizado como NAeL (Navio-Aeródromo Ligeiro) Minas Gerais. Em 2000, o Governo Federal brasileiro adquiriu o NAe Foch, então da Marinha da França. Rebatizado como NAe (Navio-Aeródromo) São Paulo, o mais novo integrante da esquadra da Marinha do Brasil carregava alguns anos de serviços pelo mundo. Com mais 40 anos de vida (seu Batimento de Quilha foi em 1957), o NAe São Paulo necessitava de alguns reparos e cuidados. Além, é claro, de modernização.
Modernizar e reparar um gigante dos mares como NAe São Paulo requer tempo e mais uma série de outras ações, como integração com a Marinha da França para entender a tecnologia e todos processos do navio. As medidas do São Paulo são impressionantes: 266 metros de comprimento e 51 metros de largura. Mais que o dobro do comprimento do gramado do estádio do Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em São Paulo, que tem 104 metros de comprimento por 68 de largura.
Dá pra imaginar a complexidade do sistema elétrico de uma embarcação desse porte? E não é só o tamanho que demonstra a complexidade do navio. Dentre muitas funções, o navio, que transporta e 'lança' aeronaves, possui duas catapultas para a decolagem dos aviões. Para cuidar do São Paulo, são necessários 1030 homens, além de comportar 37 aeronaves de asa fixa e dois helicópteros – com a ala aérea, a tripulação do NAe São Paulo sobe para 1700 homens.
Nos doze anos que faz parte da esquadra da Marinha do Brasil, o NAe São Paulo recebeu diversas modernizações. Em uma delas, no ano de 2010, o porta-aviões brasileiro recebeu um novo sistema de proteção elétrica, retirando os antigos disjuntores e instalando novos.
O trabalho foi feito pela Vivacity. No total, foram fornecidos (e trocados) 10 disjuntores extraíveis. Quatro deles de 2500 ampères e seis de 3200 ampères. Disjuntores são dispositivos que têm como objetivo proteger a instalação elétrica de sobrecorrente – sobrecarga e curto-circuito -, além de ligar e desligar os circuitos.
Para uma completa proteção do sistema elétrico e do controle remoto, foi preciso cuidar da seletividade - a coordenação dos equipamentos de proteção, para que um eventual defeito na rede elétrica desligue apenas a unidade problemática -, e do intertravamento, sistema responsável por evitar que dois ou mais contatores se fechem provocando curto-circuito. Além de calcular o nível de curto-circuito, deixando sistema elétrico do NAe São Paulo totalmente protegido.
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