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Material radioativo que cura

Provenientes da energia nuclear, radiofármacos e radioisótopos propiciaram, só no Brasil, a realização de cerca de 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear em 2011

O termo 'material radioativo' causa pânico em qualquer pessoa. Um pote, saco plástico ou latão com o símbolo de radioatividade – esse da imagem ao lado – deve sim ser motivo de preocupação e atenção no manuseio, já que esse tipo de material pode causar uma série de problemas, inclusive a morte. No entanto, existem materiais radioativos que salvam vidas e ajudam nos diagnósticos de doenças. São os radioisótopos e radiofármacos.

Não é a primeira vez que a Automação Viva aborda o tema 'nuclear'. Da última vez, o foco era um pouco diferente, uma breve analise sobre a energia atômica como fonte de energia limpa, seus prós e contras, a força de uma bomba atômica, entre outras coisas (clique aqui para relembrar a matéria). Assuntos que colocam a energia nuclear como controversa e que desperta protesto contra sua utilização em todos os cantos do mundo.

No Brasil, a produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e que teve sua sala de controle modernizada pela Vivacity. É também no Ipen, que muitos dos radiofármacos utilizados no país são produzidos, utilizando o cíclotron do Centro de Aceleradores Cíclotron (CAC).

Os radioisótopos produzidos pelo IEA-R1 não atendem a demanda brasileira, a maior parte é importada. Só em 2011, o material gerado pelo reator e transformado em radiofármacos proporcionou a realização de aproximadamente 1,5 milhão de procedimentos de medicina nuclear no país.

Entretanto, mudanças devem acontecer até 2017. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CENEN), já anunciou a construção de um Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) no município de Iperó, interior de São Paulo. Será um reator de pesquisa e produção de radioisótopos, além de produção de fontes radioativas usadas pelo país nas áreas industriais e de pesquisas. Com ele em funcionamento, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos.

 

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